por Sara Sanz Pinto, Publicado em 01 de Abril de 2011 | Actualizado há 4 horas
Governo japonês recusa-se a ampliar o raio de evacuação e é criticado pela Agência Internacional de Energia Atómica
O nível de iodo-131 no mar junto à central nuclear de Fukushima Daiichi é 4385 vezes superior ao limite legal - ultrapassando o recorde registado (3355) -, segundo amostras de água retiradas na quarta-feira 330 metros a sul dos reactores 1 a 4.
A informação foi avançada ontem pela Agência de Segurança Nuclear do Japão e o aumento da densidade de radiação indica que se mantém a fuga de água radioactiva da central para o exterior. Dada a excessiva radiação nas zonas próximas de Fukushima, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) sugeriu ontem ao governo japonês ampliar o raio de evacuação, transferindo os moradores locais para zonas mais seguras. A agência da ONU já tinha proposto a medida depois de se verificar que o nível de radiação em Iitate - com sete mil habitantes e situada a 40 quilómetros de Fukushima - estava acima dos limites. Apesar da crise, todas as recomendações de segurança têm sido rejeitadas pelo governo japonês.
"Uma avaliação inicial indica que foi desrespeitado um dos critérios da AIEA", disse na quarta-feira o subdirector da Segurança Nuclear da agência. A ampliação da zona de exclusão implicaria o desalojamento de mais 130 mil habitantes, que se somariam aos 70 mil actuais.
Denis Flory já tinha alertado para a situação desde a sede da AIEA em Viena. "Aconselhámos os nossos interlocutores a avaliar a situação com precaução e eles indicaram que a análise já estava em andamento", afirmou. De acordo com o líder do partido comunista japonês, Kazuo Shii, e face ao estado actual, descrito na quarta--feira por um responsável da AIEA como sendo "uma situação sem precedentes", o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse ontem que a central nuclear será desactivada o quanto antes.
Os técnicos que lutam contra a radiação há 20 dias estão perante um círculo vicioso: é fundamental arrefecer os reactores, mas quanto mais água utilizam para o fazer, mais os índices de radioactividade aumentam. E quanto menos água injectam mais a temperatura aumenta. Milhares de toneladas de água do mar, substituídas recentemente por água doce (dado os efeitos corrosivos do sal), foram utilizados para arrefecer os reactores e interromper a fusão. Porém, foi essa mesma água, uma vez deitada ao Pacífico, que fez aumentar o nível de iodo-131 para valores históricos.
A informação foi avançada ontem pela Agência de Segurança Nuclear do Japão e o aumento da densidade de radiação indica que se mantém a fuga de água radioactiva da central para o exterior. Dada a excessiva radiação nas zonas próximas de Fukushima, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) sugeriu ontem ao governo japonês ampliar o raio de evacuação, transferindo os moradores locais para zonas mais seguras. A agência da ONU já tinha proposto a medida depois de se verificar que o nível de radiação em Iitate - com sete mil habitantes e situada a 40 quilómetros de Fukushima - estava acima dos limites. Apesar da crise, todas as recomendações de segurança têm sido rejeitadas pelo governo japonês.
"Uma avaliação inicial indica que foi desrespeitado um dos critérios da AIEA", disse na quarta-feira o subdirector da Segurança Nuclear da agência. A ampliação da zona de exclusão implicaria o desalojamento de mais 130 mil habitantes, que se somariam aos 70 mil actuais.
Denis Flory já tinha alertado para a situação desde a sede da AIEA em Viena. "Aconselhámos os nossos interlocutores a avaliar a situação com precaução e eles indicaram que a análise já estava em andamento", afirmou. De acordo com o líder do partido comunista japonês, Kazuo Shii, e face ao estado actual, descrito na quarta--feira por um responsável da AIEA como sendo "uma situação sem precedentes", o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse ontem que a central nuclear será desactivada o quanto antes.
Os técnicos que lutam contra a radiação há 20 dias estão perante um círculo vicioso: é fundamental arrefecer os reactores, mas quanto mais água utilizam para o fazer, mais os índices de radioactividade aumentam. E quanto menos água injectam mais a temperatura aumenta. Milhares de toneladas de água do mar, substituídas recentemente por água doce (dado os efeitos corrosivos do sal), foram utilizados para arrefecer os reactores e interromper a fusão. Porém, foi essa mesma água, uma vez deitada ao Pacífico, que fez aumentar o nível de iodo-131 para valores históricos.
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