quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Como diz o Canga.... IMPERDÍVEL ! ! ! Sexta-feira, 27/01/2012, no Pirata da Brava

Les Corvettes Flyer Show.jpg

No dia do aniversário de São Paulo, uma homenagem à Florianópolis te tempos idos na pena do genial poeta Mario Quintana




Mario Quintana : Recordo ainda
em 13/10/2007 23:10:00 (7862 leituras)
Mario Quintana
Recordo ainda...E nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...

Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...

Estrada afora após segui... Mas ai,
Embora idade e senso eu aparente,
Não vos iluda o velho que aqui vai:

Eu quero meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai...
Que envelheceu, um dia, de repente!...


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ExcElentes fotos no site http://fotosantigasflorianopolis.blogspot.com/

domingo, 22 de janeiro de 2012

O Primeiro Porre de LesPaul com Charles Bukowski



"Nunca me senti só. Gosto de estar comigo mesmo. Sou a melhor forma de entretenimento que posso encontrar.”



"É este o problema com a bebida, pensei, enquanto me servia dum copo. Se acontece algo de mau, bebe-se para esquecer; se acontece algo de bom,bebe-se para celebrar, e se nada acontece, bebe-se para que aconteça qualquer coisa."




Quem não conheceu o escritor Charles Bukowski tende a 'emular'  as sandices tradicionais da crítica e, tal qual papagaios ignaros, conceitua-lo com os chavões apressados no forno da pobreza das redações: putanheiro, jogador e beberrão. Ex-funcionário da estatal de correios americana, não raras vezes dependente dos cheques semanais da previdência dos EUA, nós nos encontrávamos nas corridas de cavalo em Los Angeles no final dos 60, início dos 70. Ele não usava drogas. Mas bebia, bebia mais que aquele gauchinho caçula cujo pai dizia que só dava o brioco quando bebia: "mas o guri bebe, o piá bebe mais que dodjão V8...". Poucas palavras, todas sobre as pules e barbadas comuns ao mundo do turfe e dos habitantes dos hipódromos. Igual aos cassinos, ao jogo de cartas e dados que rola no fundo de botecos, ou o poker dos caixas-alta da metrópoles, o vício era o traço comum nesta grandíssima M. E não adianta dar descarga. A magnífica obra entope e não desce. Seja no pano verde, seja nas pistas, a M estará lá com o vencedor, mas especialmente com o perdedor, este de regra nas mãos de algum agiota.
 Pois, voltando a Califórnia, Charles diferia de mim apenas no aspecto, no asseio. Eu disfarçava melhor a ressaca que nos era comum, porém, hoje acredito que ele bebia muito mais que eu e bebia qualquer porcaria destilada. Não apenas se ressentia mais dos ferros. Dobrado o ponteiro das 12 horas, invariavelmente antes da meia-hora da tarde e com o sol a pino em Los Angeles comparávamos nossas informações vindas direto das cocheiras do Hipódromo de Santa Anita, localizado a mais ou menos 11 milhas de Los Angeles. O mundo dos jockeys é rico e muitos ficam ricos lendo bem essas tais informações.

Nós ganhamos muita grana. Ambos. Eventualmente. Geralmente migalhas. E, apenas uma vez, simultaneamente. Naquele dia de fim de outono nos encontramos com as papeletas na mão na fila do guichê, aonde fomos receber a "fortuna". Faturei quase US$ 5.500,00 doletas nesse dia especial e Bukowski mais um tanto bastante generoso. Vi ele deixando uns mil mangos com um corso mal encarado. Reservei US$ 1.500,00 que devia para El Tigre, mi perro loco, que trabalha como motorista para celebridades dos estúdios Hollywoodianos. Encontramos o traquitana na entrada do Universal Studios e de lá voltamos juntos, de táxi,  para um périplo etílico pela Sunset Boulevard. Mesmo para os padrões de LA, foi épico. As putas eram as mais caras disponíveis entre as propriedades badaladas de Beverly Hills e os muquifos que escroques como nós nos escondíamos. A grana acabou rapidamente... To Be Continued

Saia de San Francisco para o Norte, atravesse a ponte e descubra Sausalito








Mais um roteiro bacana para curtir em São Paulo - Passeio literário no Centro de SP resgata história de escritores


22/01/2012 07h15 - Atualizado em 22/01/2012 07h15


Projeto gratuito deve começar no final de janeiro.
Tour passa pelo Teatro Municipal e por prédio onde Monteiro Lobato morreu.

Do G1 SP
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Busto de Álvares de Azevedo em frente à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Foto: Clara Velasco/G1)Busto de Álvares de Azevedo em frente à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Foto: Clara Velasco/G1)
“Um país se faz com homens e livros”, disse Monteiro Lobato. E é com o propósito de levar livros às pessoas e de despertar a curiosidade pela história de São Paulo que um projeto idealizou um passeio literário no Centro da capital. Organizado pelo Instituto Mobilidade Verde e pela Bicicloteca, uma bicicleta que empresta livros principalmente para moradores de rua da cidade, o tour passa por pontos emblemáticos como o Theatro Municipal, para relembrar a Semana de Arte Moderna de 1922, mas também por prédios onde escritores como o próprio Monteiro Lobato e Oswald de Andrade moraram e se reuniram com outros intelectuais da época.
Segundo Lincoln Paiva, presidente do instituto, o objetivo do passeio é fazer com que as pessoas leiam mais. O projeto pretende despertar também um interesse maior pelo Centro, já que a maioria das pessoas passa pelos prédios da região sem perceber que aqueles locais são históricos. “Agora estamos procurando financiamento, pois queremos que um historiador acompanhe sempre o passeio e seja remunerado por isso”, diz. Apesar de ainda ser apenas um projeto, Paiva espera que o tour literário saia do papel a partir do dia 25 de janeiro.
Os passeios vão ser gratuitos e aos sábados. Terão a duração aproximada de duas horas e serão feitos a pé na região central da cidade. Atualmente o tour conta com nove paradas, mas pode sofrer modificações ou mesmo alterações durante cada passeio. As pessoas interessadas devem entrar em contato com os organizadores pelo site da Bicicloteca.
G1 fez o passeio literário com o grupo responsável pelo projeto e com o guia de turismo Laércio de Carvalho. Veja abaixo os pontos visitados.
Passeio literário (Foto: Editoria de Arte/G1)

Prédio onde funcionou editora de Monteiro Lobato (Foto: Clara Velasco)Prédio onde funcionou editora de Monteiro Lobato
(Foto: Clara Velasco)
Parada 1 – Em um prédio na esquina da Rua Benjamin Constant com a Praça da Sé, o escritor Monteiro Lobato sediou durante um ano a sua editora, inicialmente chamada de Monteiro Lobato & Cia.
O autor da coleção “Sítio do Picapau Amarelo” e criador do personagem “Jeca Tatu” não se preocupava apenas em escrever, mas também em levar livros e ideias para as pessoas.
No prédio da década de 20, Monteiro Lobato ficou de 1924 a 1925 com sua editora. Em 1925, porém, ele foi forçado a declarar falência.
A época foi de dificuldades por causa da grande seca que atingiu o estado de São Paulo no período, forçando um racionamento elétrico.
Edifício em terreno em que Álvaro de Azevedo morou (Foto: Clara Velasco/G1)Edifício em terreno em que Álvares de Azevedo
morou (Foto: Clara Velasco/G1)
Parada 2 – Um pouco mais adiante, na Rua Benjamin Constant, na altura do número 122, fica o Edifício Álvares de Azevedo, que presta uma homenagem ao escritor ultra-romântico paulistano.
O poeta, que nasceu em 12 de setembro de 1831 e morreu em 25 de abril de 1852, vivia em uma casa no local onde atualmente fica o edifício. Ele foi aluno da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), mas morreu muito jovem, antes de concluir o curso. Devido à morte prematura, todos os trabalhos de Álvares de Azevedo foram publicados postumamente, como “Lira dos Vinte Anos”.
Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (Foto: Clara Velasco/G1)Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (Foto:
Clara Velasco/G1)
Parada 3 – Ainda na Rua Benjamin Constant, na altura do número 158, fica o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Em sua lista de membros já constaram nomes de muitos escritores, como Hernâni Donato. A instituição foi fundada em 1894 com o objetivo de fazer um intercâmbio cultural e de divulgar a história e a geografia, principalmente da cidade de São Paulo.
Foi no instituto que Euclides da Cunha falou pela primeira vez sobre os sertões baianos durante uma palestra em 1898. Ele trabalhava já na sua obra mais conhecida, “Os Sertões”.
O instituto também é sede de uma biblioteca especializada na Revolução Constitucionalista de 1932, também conhecida como Guerra Paulista.
Vários escritores passaram pela Faculdade de Direito (Foto: Clara Velasco/G1)Vários escritores passaram pela Faculdade de
Direito (Foto: Clara Velasco/G1)
Parada 4 - A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), que fica no Largo São Francisco, é considerada um celeiro da vida intelectual de São Paulo e de seus principais poetas e escritores. Desde o início de suas aulas, em 1º de março de 1828, nomes como Álvares de Azevedo, Oswald de Andrade, Monteiro Lobato e mesmo José de Alencar e Castro Alves, de fora de São Paulo, já passaram pela faculdade. A maioria dos escritores não chegou a completar o curso de direito, pois enfrentou morte prematura.
Em frente ao prédio da faculdade está o primeiro busto feito a um brasileiro na cidade de São Paulo, do escritor Álvares de Azevedo, inaugurado em 1907. Inicialmente, ele ficava na Praça da República, mas foi levado ao local por apelo dos estudantes.
Oswald de Andrade manteve ponto de encontro na Líbero Badaró (Foto: Clara Velasco/G1)Oswald de Andrade manteve ponto de encontro na
Líbero Badaró (Foto: Clara Velasco/G1)
Parada 5 – No 3º andar do prédio no número 67 da Rua Líbero Badaró, o escritor Oswald de Andrade sediou uma “garçoniere” no final da década de 1910. O local funcionava como um ponto de encontro de jovens escritores, muito cortejado pela alta sociedade da época. Guilherme de Almeida e Monteiro Lobato costumavam frequentar o estúdio, bem como outros precursores da Semana de Arte Moderna de 1922.
Como a numeração da rua foi alterada ao longo dos anos, historiadores acreditam que o local mais provável de ter sediado a “garçoniere” é no atual número 89 da via, perto da esquina com a Rua José Bonifácio.
Hotel no centro era frequentado pela elite intelectual (Foto: Clara Velasco/G1)Hotel no centro era frequentado pela elite intelectual
(Foto: Clara Velasco/G1)
Parada 6 - Onde atualmente funcionam escritórios da Indústria Votorantim, havia em meados do século 20 um hotel muito conhecido e frequentado pela elite intelectual paulistana: o Esplanada. Construído pelos arquitetos do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, o estabelecimento era palco de grandes bailes de carnaval, festas de formatura da Faculdade de Direito e outros encontros.
Um dos mais famosos frequentadores foi Oswald de Andrade, cuja família era muito rica. O poeta costumava ir tantas vezes ao hotel que chegou a fazer um poema em homenagem ao local, chamado “Balada do Esplanada”. "Ontem à noite/ Eu procurei/ Ver se aprendia/ Como é que se fazia/ Uma balada/ Antes de ir/ Pro meu hotel. É que este/ Coração/ Já se cansou/ De viver só/ E quer então/ Morar contigo/ No Esplanada".
O Theatro Municipal sediou a Semana de Arte Moderna (Foto: Clara Velasco/G1)O Teatro Municipal sediou a Semana de Arte
Moderna (Foto: Clara Velasco/G1)
Parada 7 - O Teatro Municipal de São Paulo, na Praça Ramos de Azevedo, foi palco da Semana de Arte Moderna de 1922, considerado o marco inicial do Modernismo no país.
Há 90 anos, Mário de Andrade e Oswald de Andrade lideraram o movimento, que apresentava uma nova proposta de literatura brasileira. O evento aconteceu de 11 a 18 de fevereiro e teve a participação também do maestro Heitor Villa-Lobos.
Ponto Chic, no centro, era local de encontro de escritores (Foto: Clara Velasco/G1)Ponto Chic, no centro, era local de encontro de
escritores (Foto: Clara Velasco/G1)
Parada 8 - O Largo do Paissandu era considerado um dos principais cenários boêmios de São Paulo nas décadas de 20 e 30, quando jovens escritores se reuniam para festas e encontros. O Ponto Chic, restaurante em que o sanduíche Bauru foi inventado em 1937, era um dos principais locais de encontro da juventude. Monteiro Lobato e Mário de Andrade era constantes frequentadores.
Em uma poesia, Mário de Andrade disse que gostaria, quando morresse, que seu sexo fosse enterrado no Largo do Paissandu, que era o foco da vida sexual nesta época.
"Quando eu morrer quero ficar,/ Não contem aos meus inimigos,/ Sepultado em minha cidade, Saudade./ Meus pés enterrem na rua Aurora,/ No Paissandu deixem meu sexo,/ Na Lopes Chaves a cabeça/ Esqueçam".
Prédio onde Monteiro Lobato morreu (Foto: Clara Velasco/G1)Prédio onde Monteiro Lobato morreu (Foto: Clara
Velasco/G1)
Parada 9 - O passeio termina novamente com um local importante na vida do escritor Monteiro Lobato. O último andar do prédio na Rua Barão de Itapetininga, número 93, foi o cenário de seus últimos dias de vida. Ao se encontrar quebrado e falido após uma viagem a Argentina, ele pediu auxílio ao seu amigo, Caio Prado Júnior, dono da Editora Brasiliense.
O prédio pertence à editora e, apesar de ser comercial, serviu de moradia a Monteiro Lobato. Em cartas, ele afirmava que ficaria pouco tempo no local, mas morreu no edifício em julho de 1948 com um espasmo cerebral.
O cortejo fúnebre do escritor, que nasceu em 1882, saiu da Biblioteca Mário de Andrade até o Cemitério da Consolação, mobilizando a sociedade paulistana na época.
Serviço:
Passeio Literário no Centro de São Paulo
Site: http://biciclotecas.wordpress.com/
Telefone: (11) 3042-4513