Segundo um porta-voz da Tokyo Electric Power Company (Tepco) – operadora da central – uma amostra de água recolhida na quarta-feira revelou uma concentração de iodo radioactivo 10.000 vezes superior ao limite legal. “Não há dúvida de que se trata de um valor elevado”, disse o porta-voz, citado pela agência AFP.
É mais um dado novo a lançar ainda mais preocupação sobre o acidente em Fukushima, atingida pelo sismo e tsunami de 11 de Março, com ondas de 14 metros que inutilizaram os seus sistemas de arrefecimento.
Hoje, foi também detectado um novo pico na concentração de elementos radioactivos no mar, a 330 metros da central, com valores 4385 vezes superiores ao normal.
O Japão está agora a receber ajuda especializada de alguns países – como a França e os Estados Unidos – para enfrentar a sua crise nuclear. Mas ao mesmo as autoridades estão a ser criticadas pela resposta ao acidente de Fukushima. Uma especialista francesa, líder da Comissão Independente de Investigação e Informação sobre a Radioactividade, afirma o Governo devia ter dado pastilhas de iodo à população logo no início da crise. Essas pastilhas saturam a tiróide com iodo estável, impedindo que a acumulação de iodo radioactivo.
“Eles ainda o devia fazer agora, porque a contaminação continua, mas será menos eficiente”, disse a especialista Corinne Castanier, ouvida pela Reuters.
Hoje também se soube que nem todas as pessoas que estão a trabalhar no combate ao acidente de Fukushima têm medidores individuais de radioactividade, conforme é obrigatório por lei. Segundo a rede japonesa de televisão NHK, em algumas equipas apenas os respectivos líderes dispõem deste equipamento.
quinta-feira, 31 de março de 2011
Radioactividade de Fukushima chega à água subterrânea
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