O QUE TOCA no Ipod do OBAMA - Maisbarulho deixa a análise do que vai acontecer a partir de hoje com os EUA e com o mundo - após a posse de Barack Obama, para as pitonisas da economia e política internacional. A expectativa sobre o discurso de hoje pela manhã em Washington é recheada de especulações e algumas platitudes exaustivamente repetidas na e pela mass media ao longo da explosiva campanha presidencial: o garoto pobre filho de pai queniano e mom norteamericana, que estudou em ótimas escolas, gosta de leitura, rock’n roll & soul & Rap e Hip-Hop ET coetera. Porém, uma qualidade intriga de tão natural: ser um ótimo orador que transita entre o script e o improviso com pitadas de desenvoltura profissional.
Há pouco mais de duas semanas, chego no hotel depois de quase 12 horas de trabalho árduo conduzindo meus pestinhas nos parques de Orlando pelo infinito dia a fio. Noite fria e banho quente tomado, um shot de wiskey (big shot) na mão, os pupilos dormindo o sono dos anjos e ... uma voz na TV vai despertando-me da letargia pré-sono. Um pastor, olhos miúdos de Richard Gere, tom infernalmente agradável, pausas e entonações precisas, sorriso simples, felicidade discreta quase enigmática. Pregava a palavra de Deus com voz imantada, de colar o ouvido mais agnóstico. A transmissão vinha de um templo no Texas, um imponente ginásio modern'issimo e lotado, som e iluminação impecáveis, um megashow. Dava pra entender o que o pastor pregava, quase tudo sobre Esperança (emprego, falta de grana, paz, cura). Igualmente, isso foi ouvido ao longo de toda a campanha e que hoje vai colocar Obama definitivamente na história. Depois, bem, depois só o tempo dirá se como cá a esperança vai ser derrotada pela realidade corrupta, mensalões e concessões éticas sempre inadimissíveis.
E O SOM DO OBAMA? Bem, tudo isso para dizer que no puzzle da trajetória familiar e política de Obama não falta nenhuma peça. A exemplo da infância pobre, do menino negro, estudioso e letrado, do senador que se preocupa com o meio ambiente e fala de fontes alternativas de energia, o quadrinho desse storyboard agora vencedor, direcionado ao prumo jovem da imensa platéia de eleitores foi consolidado na entrevista à revista Rolling Stone de 25 de agosto de 2008. Talequal projeto de marketing perfeito, não falta nada ATÉ AGORA. Abaixo um extrato do que disse o então candidato:
Barack Obama is a Stevie Wonder geek. In the Democratic presidential candidate’s new interview with Rolling Stone editor-in-chief Jann S. Wenner, Obama waxed rhapsodic about his favorite artists, many of whom — Bruce Springsteen, Bob Dylan, Jay-Z — have shown him love with endorsements.
“If I had one musical hero, it would have to be Stevie Wonder,” says Obama, who grew up on Seventies R&B and rock staples including Earth, Wind and Fire, Elton John and the Rolling Stones. “When I was at that point where you start getting involved in music, Stevie had that run with Music of My Mind, Talking Book, Fulfillingness’ First Finale and Innervisions, and then Songs in the Key of Life. Those are as brilliant a set of five albums as we’ve ever seen.”
Wonder shares room on Obama’s iPod with “everything from Howlin’ Wolf to Yo-Yo Ma to Sheryl Crow,” he says. “And I have probably 30 Dylan songs on my iPod.” Though he’s partial to 1975’s Blood on the Tracks, “Maggie’s Farm” is “one of my favorites during the political season,” says Obama. “It speaks to me as I listen to some of the political rhetoric.”
While his musical tastes tend towards the old-school, Obama is in touch with today’s creative top dogs: He’s talked policy with Ludacris, referenced Jay-Z’s “Dirt Off Your Shoulder” (with a brushing motion in response to Hillary Clinton-hurled criticisms) in a campaign speech, and joined acts ranging from Usher to Will.i.am at rallies. “Every time I talk to Jay-Z, who is a brilliant talent and a good guy, I enjoy how he thinks,” says Obama, who believes that the recent political galvanization of America’s youth will soon be reflected in music. “He’s serious and he cares about his art,” he adds. “That’s somebody who is going to start branching out and can help shape attitudes in a real positive way.”
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