UMA PRECE PARA MAyCON VIEGAS , 18 anos, preso há dois meses no Centro de Detenção Provisória em São Luís por furtar uma bicicleta de 'cem mangos'. Ele está morto. Neste fim de semana em uma carta enviada à família pediu R$ 500,00 reais, valor exigido por facínoras para que continuasse vivo. Detalhou ao tio na missiva: “a vida da gente, o senhor sabe, não tem preço. Mas aqui tem. E o valor da minha é R$500”. A família sequer teve tempo para cumprir a exigência. "Ontem eu fui visitar meu filho. Nesta hora eu estava com ele, hoje eu estou enterrando-o”, lamenta a mãe de Maycon, Francinete Viegas. Maycon foi assassinado a golpes de faca. Impunidade e violência institucionalizada somadas não traduzem por completo quadro de falência generalizada do sistema carcerário brasileiro. Ouvida, a responsável pelo sistema prisional teve a ousadia de pedir respeito ao morto e o silêncio na divulgação do caso, pois, seria 'exploração' midiática. Caso essa senhora cumpra com suas obrigações, novas mortes não se somarão às 17 do último ano dentro de cadeias do Maranhão e ficamos calados.
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