quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

R.I.P Mosquito - Uma cerimônia de despedida peculiar



Mosquito, Amilton Alexandre para os simples mortais que não presavam a intimidade de seus milhares de seguidores, dentre as diversas bandeiras que empunhou, uma paradoxalmente foi a do Jornalista diplomado versus jornalista sem canudo. Hoje, na concorrida cerimônia de adeus que aconteceu no Cemitério São Francisco de Assis, no Itacorubi em Florianópolis, estavam os presidentes da ACI - Academia Catarinense de Imprensa, do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina e o ex-Presidente da FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas.


Um feito em tanto. Entre a emoção natural dos parentes e a comoção de seus mais próximos amigos e mesmo de pessoas que não divisavam sua amizade, o protagonista desse jornalismo arrevesado, mereceu a respeitosa presença de destacados representantes do chamado 'Jornalismo' formal. Dezenas de jornalistas, blogueiros, amigos e desconhecidos prestaram a derradeira homenagem à beira do jazigo. Alguns discursos e um ato político foi ensaiado. À beira da sepultura sua filha de 11 anos ouviu mais de uma vez que tinha muito que se orgulhar de seu pai. E TEM MESMO. Mosquito era diferente. "Todos nós somos", uma companheira de lutas lembrou em seu discurso de despedida.


Esse Mosquito-style-news contava mais das coisas que os jornais chapas-branca alimentados pela propaganda estatal, revelava fatos tramados em convescotes dos traquitanas de plantão, desenterrou das tumbas e lançou luz a diversos atos de corrupção, arreganhou com seu dedo proctológico a reputação "ilibada" da cacalhada de sempre. Tudo isso foi taxado de denuncismo de quinta categoria, cópia digital barata do jornalismo "marrom", e muito mais do que ele mesmo dizia dos outros. 'Teorias de comunicação' cujos predicados ele achava divertidos, insólitos e fugazes, tanto que não lhe atormentavam a alma. O que não divertia o Mosquito era não poder falar, quererem calar-lhe o verbo afiado nas tribunas da vida. As TIJOLADAS DO MOSQUITO e suas tuitadas estão perenizadas em seu último gesto de redenção em busca da liberdade que não conseguiram retirar-lhe. Mosquito, ao seu modo, determinou quando pararia. E mais ninguém. ADEUS!

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