Americana foi absolvida de assassinato de colega britânica na Itália.
O juiz italiano que presidiu o julgamento da estudante norte-americana Amanda Knox por homicídio disse à mídia local que a estudante norte-americana pode ter sido culpada, mas teve de ser absolvida por causa de dúvidas sobre as provas que a ligam à morte da britânica Meredith Kercher em 2007.
Knox, de 24 anos, viajou para casa em Seattle, na costa oeste dos Estados Unidos, na terça-feira e foi recebida como uma heroína depois que uma corte de apelações na cidade italiana de Perugia derrubou a condenação de 2009 pelo assassinato da colega de quarto britânica, então com 21 anos.
"Eles estão livres por não terem cometido o crime", disse o juiz Claudio Pratillo Hellmann ao diário "La Stampa".
"Mas essa é a verdade da corte, não a verdade real. E isso pode ser diferente."
Ele disse ao diário "Corriere della Sera": "Eles podem ter sido responsáveis, mas não há prova. Talvez eles saibam o que aconteceu aquela noite. Nós não."
Hellmann foi um dos oito juízes do painel que na segunda-feira absolveram Knox e seu ex-namorado italiano Raffaele Sollecito da acusação de homicídio.
A absolvição levantou mais questões do que respostas sobre quem cometeu o crime. Os promotores disseram que eles apelarão para reverter o veredicto.
O andarilho marfinense Rudy Guede, que foi considerado culpado e condenado a 16 anos em um julgamento diferente, é a única pessoa presa pelo assassinato, embora os promotores tenham dito que ele não poderia ter matado Kercher sozinho.
O corpo dela seminu foi encontrado com mais de 40 ferimentos e um corte profundo na garganta. Os promotores afirmam que a ausência de sinais de luta no corpo mostra que os agressores a alfinetaram e um deles a esfaqueou no pescoço.
"Certamente Rudy sabe o que aconteceu e não disse', afirmou Hellmann. "Talvez os outros dois réus também saibam, porque, eu repito, nossa decisão de absolver foi o resultado da verdade determinada pelo julgamento."
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