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sábado, 12 de dezembro de 2009

London Talk homepage

Bibliotecas públicas e a voz da comunidade

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Daniel Gallas | 12:02, sexta-feira, 11 dezembro 2009

Comentários (2)

Esses dias eu percebi que um hábito de consumo meu mudou muito desde que me mudei para Londres. Eu praticamente parei de comprar livros aqui. Neste ano, só comprei dois livros.

library226.jpgNo entanto, 2009 foi um ano em que li vários livros - de clássicos a lançamentos recentes. O motivo disso são as excelentes bibliotecas públicas de Londres. É difícil achar defeitos nas bibliotecas daqui. Os catálogos são atualizadíssimos, quase sempre com várias cópias dos últimos lançamentos do mercado. Os prazos são flexíveis (três semanas por livro), com multas baixas e possibilidade de renovação pela internet.

Caso você não encontre um livro na sua biblioteca, mas que está disponível em outra do mesmo bairro, é possível encomendá-lo via internet para que ele seja retirado na biblioteca mais próxima da sua casa. Eu, que moro na fronteira de dois bairros de Londres - Lambeth e Southwark -, ainda tenho a vantagem de poder explorar os catálogos dos dois bairros.

Isso sem falar no vasto catálogo de CDs e DVDs, que são alugados a baixos preços. Isso explica por que há tão poucas locadoras de filmes em Londres. É impossível competir com a biblioteca pública.

Além disso, as bibliotecas se esforçam para unir pessoas de interesses comuns na comunidade. Há mais de um ano, minha esposa e eu estamos frequentando um grupo de leitores de quadrinhos. Nunca fui um grande fã das "graphic novels", mas confesso que graças ao grupo conheci vários quadrinhos com qualidade superior a de muitos livros da literatura clássica, como a série Love & Rockets, dos irmãos Hernandez.

Pois foi frequentando o grupo de quadrinhos que tive uma inusitada experiência de participação política nas decisões da comunidade daqui.

Há dois meses, os administradores das bibliotecas de Lambeth decidiram encerrar as atividades do grupo de quadrinhos do qual eu participo. Na visão deles, não havia necessidade de pagar hora extra para o funcionário que organizava os encontros. As reuniões acontecem uma vez por mês às 19h30, o único horário possível para quem trabalha durante o dia.

MAIS DO MESMO http://www.bbc.co.uk/blogs/portuguese/london/


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Leitura de Férias: livro discute a influência da 'busanfa', do calipígio, do traseiro na humanidade

Livro francês discute 'influência do traseiro' na humanidade

Capa do livro 'A Face Oculta do Traseiro' (divulgação)

Para autores, falar das nádegas é 'falar de nós mesmos'

Um documentário e um livro que chegam nesta quarta-feira ao público francês prometem alimentar um debate nacional sobre a contribuição do traseiro na formação do imaginário nacional.

La Face Cacheé des Fesses (“A Face Oculta das Nádegas”, em tradução livre), uma parceria entre a documentarista Caroline Pochon e o jornalista Allan Rothschild, estreia em forma de documentário nesta quarta-feira no canal Arte de televisão, horas antes de a edição impressa homônima chegar às livrarias.

Os autores concluíram 18 meses de uma investigação que as editoras da obra, Arte e Democratic Book, estão apresentando como "séria, ao mesmo que lúdica", e com um "toque de espírito libertino". "Quando falamos das nádegas", diz um trecho do documentário, "falamos de nós mesmos".

Psicanálise e semiótica

Os autores propõem uma viagem multidisciplinar pelas diferentes representações do traseiro na história da humanidade, emprestando conceitos de história da arte, psicanálise, sociologia e semiótica.

Pochon e Rothschild falam a um país onde as referências ao que a revista semanal L’Express descreveu como "a parte mais subversiva da anatomia humana" não são incomuns. "A pátria, a honra, a liberdade, nada existe: o universo gira em torno de um par de nádegas", disse o filósofo Jean-Paul Sartre, como lembrou o diário Le Monde.

Nesse contexto, a imprensa vem tratando esta celebração ao traseiro como "a cereja do bolo dos lançamentos natalinos". "Há mil coisas a dizer sobre as nádegas", afirmam Pochon e Rothschild. "Elas nos falam sobre os fundamentos – no sentido literal e figurado – de nossa sociedade, os seus tabus e os seus desejos", refletem.