El Perro percorreu o sul de Portugal no verão de 1969, dirigindo uma Mercedez-Bens creme com estofados grená, exigência de uma celebridade hollywoodiana. De lá, seguiram até Saint Tropez margeando o Mediterrâneo numa história recheada de glamour e lágrimas, sexo, traições e arrependimentos. A diva o levara a Europa por segurança, já que o cão fazia bicos com metade da canastrada dos estúdios.
Especialmente, quando depois de alguns martinis ao entardecer de Los Angeles, decidiam seguir para Las Vegas, consumindo tudo quanto era aditivos, lícitos e ilícitos, dentro da limousine que o cão com maestria guiava noite a dentro pelo deserto. Na manhã seguinte, cedinho, regressavam incógnitos pela malta de repórteres e incólumes após um sono restaurador, estatelados nos fundos do enorme Cadillac. Era uma Sodoma amplificada com o acréscimo das drogas e do álcool. Uma Gomorra móvel, que desfilava o pecado Mojave afora. Naquela época, uma peça completava quase meia-década de sucesso em Nova Iorque, na Broadway. Lauren Bacall, no teatro, e Ingrid Bergman no cinema, protagonizaram a enfermeira nessa comédia que trazia um divertidíssimo Walter Matthau. Portugal ganhou depois sua adaptação .... (leia abaixo).
Enquanto isso, El Perro seguia em direção a Espanha numa jornada que recebeu a visita de galãs e cafajestes, alguns galãs cafajestes, outros cafajestes marginais ao mainstream. Mas as cores do Mediterrâneo, especialmente naquele início de verão europeu, dramatizavam o cenário digno de uma pena afiada. Até chegarem na Côte d'Azur três paradas foram marcantes para a celebridade, despercebida pelos farejadores dos tablóides de fofoca da Velha Senhora (detalhes nos próximos posts)
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